Psicologia Analítica
Psicologia analítica é Psico dinâmica. Tem uma visão plural da libido, pois, para além da libido ou da vontade, existem outras razões para a manifestação dos sintomas. Privilegia o inconsciente pessoal, mas também o coletivo e como estes influenciam o nosso comportamento.
“O inconsciente quer tornar-se consciência.”
Porquê e para quê?
Qual é o objetivo do sintoma?
Sendo esta uma manifestação do Self, através do sintoma, que já é o início da cura, o Self quer se fazer compreendido e integrar – se na consciência.
Tornámo-nos inteiros ao integrar os opostos, que se manifestam, nos sintomas, nos sonhos, nas sincronicidades.
É o Self que procura incentivar à mudança, à realização, a outras necessidades, mas o ego permanece na sua unilateralidade, dificultando essa mudança.
Mas o Self jamais desiste de tentar reunir o inconsciente com o consciente e insiste no caminho da Individuação, onde fazendo parte da história do Todo temos as nossas singularidades.
O terapeuta procura olhar, ouvir, observar o estado da pessoa, dar atenção à queixa, valorizar a expectativa e criar vínculo.
Dá-se o fenómeno da chamada transferência e contra transferência.
As projeções do analisado e a maneira como o terapeuta reage.
Os sonhos, são discursos da consciência com imagens do inconsciente e a determinada altura serão parte importante a ser analisada.
Após o relato da sua história, ou do que for mais importante no momento, acontece o diagnóstico inicial.
Começa a leitura do desenvolvimento psíquico, pede-se ao/à analisado/a/paciente o registo da memória de sonhos, que vêm complementar a perceção consciente da pessoa.
Nesta tentativa de cura, a pessoa adapta-se à verdade, integra a sua sombra, que é “herdeira” de uma sombra coletiva, que ao ser ampliada neste processo, leva ao arquétipo do sofrimento e da dor, onde nos conectamos todos e nos mostra o quanto somos humanos, como todos os outros que nos rodeiam.
E surge uma nova pergunta :
Como é o sentido da minha Vida?
Acontece a gradual perceção e escolhas!
A expressão da própria alma e a renovação surgem!
Um estado psíquico com fenómenos, onde se pode experimentar e vivenciar…
Nesta vontade de chegar à Individuação, esclarecemos que é um processo para ser vivido e não necessariamente para ser alcançado!
Procure a psicoterapia.
Escolha os nossos atendimentos.
A psicologia tem diferentes especializações. Estas pretendem, proporcionar o contacto com a verdadeira intimidade, o auto conhecimento, uma relação de consciência com a nossa personalidade.
Colocar os sentimentos e a relação em perspetiva. Perceber que somos humanos…
Uma das vertentes dá mais atenção ao cognitivo, ou seja, o comportamento racional da pessoa , à consciência.
Há uma compreensão mais objetiva dos problemas do momento. A atividade cognitiva influencia o comportamento e este pode ser alterado, trazendo assim uma mudança de comportamento e das formas distorcidas da realidade. Traça estratégias, para que a mudança de pensar e compreender o mundo aconteça na vida do/a paciente.
O Humanismo traz a atenção para:
A abordagem fenomenológica, holística e global, pois considera o Homem um Ser integral, composto por vários aspetos, como o sensorial, afetivo, intelectual, social e espiritual(que pode ter relação com religião ou não).
Procura verificar a experiência subjetiva atual que o sujeito/paciente traz, baseada no fenómeno e sintoma do momento presente (aqui e agora).
O ” porquê” tem menos importância e a reação, capacidade de lidar com a situação e sintomas tem mais relevância.
Como está a lidar com a questão, problema, sintoma..?
Qual a possibilidade de escolha?
Qual o sentido/propósito da Vida?
O Existencialismo dá maior importância ao significado da Existência, através de capacidades como a criatividade, liberdade e autonomia do paciente.
A aceitação incondicional de si mesmo/a, deve ser alcançada por ambas as partes no processo terapêutico. A empatia, a congruência entre o terapeuta e o paciente , onde o terapeuta se permite Ser o que sente tal como quem está à sua frente, dando exemplo de si mesmo/a.
Na Gestal Terapia é dado grande enfoque ao compromisso e responsabilidade do/a paciente no processo do momento presente.
Trazer o foco para a perceção da totalidade e sair do que se chama a figura. Esta passará a desvanecer depois do fundo ser percecionado e assim desvanece-se a notoriedade da figura, do problema. Aquilo a que se dava tanta importância fica diluído.
A logoterapia, psicodrama, … técnicas que se usam consoante os casos, pois somos todos diferentes, mesmo que estejamos a viver os mesmos problemas.
A psicologia psicodinâmica, começou com Freud e tem como objetivo o foco e a dinâmica entre o inconsciente e a consciência, que procura trazer, como Freud chamou, vivências subjetivas reais ou imaginadas, conteúdos reprimidos e infantis, interpretações, internalizações, fantasias( pois nem sempre se verificam como reais, mas vividas e sentidas como sendo realmente reais), todos eles, armazenados com um esquecimento intencional.
Apesar de serem inconscientes, estes conteúdos trazem sintomas e pretende-se perceber como estes se relacionam com os acontecimentos do presente, possibilitando a adaptação ao conflito do Ego, que nada tem haver com adjetivos culturais que lhe são atribuídos como arrogância, auto estima ou egoísmo, mas sim como organizador da psique.
O Setting, permite que a parte adulta possa ajudar a parte infantil a alcançar o amadurecimento, através da experiência e relato da história de vida, dará assim outro significado ao conteúdo e tudo é atualizado.
Jung traz o conhecimento do inconsciente coletivo. Para além do inconsciente pessoal, temos também o inconsciente coletivo, de natureza Universal. Com conteúdos, idênticos em todos os seres humanos. Na sua prática clinica, no seu vasto estudo, Jung verificou que nos mitos , lendas, fábulas, temos temas e imagens que se repetem também.
E percebe no seu trabalho fenomenológico, que os conteúdos não seriam reprimidos como sugeriu Freud, mas simplesmente não houve consciência deles. A esses conteúdos Jung denominou de complexos, ou seja, experiências com uma forte carga de afeto. Quando estes complexos se tornam mais fortes, o ego desorganiza-se e aparecem os sintomas. O princípio da cura.
Mónica Amarante
Formadora e Terapeuta